domingo, 8 de julho de 2012

Ninguém me ouve


Ninguém me ouve é como
se eu estivesse nas nuvens a gritar
por isso, resolvi mascarar-me
em baixo do nevoeiro.

Era um índole que escaldava no sangue
nem raio de sol conseguia ver,
perdida na dimensão grande do universo;
Decidi subir nas montanhas altas,
para ver luz resplandecer.

É uma triste verdade esta da pouca
ou nenhuma fé que se tem
no desinteresse dos outros!

Não há explicação mais difícil de ser
aceitada do que a que se justifica
num sentimento notável renunciada
aos próprios desejos ou qualidade
de quem gosta de dar.

É necessário que duvidemos de nós mesmos,
para assim desconfiarmos do próximo
porque afinal o que é sincero é que
a mais exata e que nunca falha natureza
do coração humano só se alcança...

Pelo estudo do próprio coração;
Esse é o único que nos está bem
claro, por essa razão que as melhores
almas são as mais ingénuas.