quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Oh, Pai...

Nunca te contei
O quanto importo consigo
Como tenho falta de um pai
Ofereci-lhe a minha alma
E partilhei a minha felicidade
Resolveste vender aos diabos.
No lado em que eu viro,
Sinto-me apertada
O que mais poderia ser
se os crueis riram da minha desgraça
E participaram nela para explodir-me
Perguntei várias vezes: porquê?
Causaste tanta dor em mim
No meio da multidão
Perdi a minha existência
Porque deixaste-me sozinha
Não encontro o caminho de casa.
Até às lágrimas já abandonaram-me
Dei a minha confiança em si
Pensei que serias o meu guarda
Decepcionaste-me.
A tristeza preencheu a minha alma;
Não sei nada de mim
Deixo tudo na mão de Deus.
O tempo me dirá o meu caminho
Comecei com a caminhada difícil
Não me mande fora dos corações
dos meus irmaos.
Para onde pisarem lembrarem-se de mim.
Não gostas assim de mim, pai?
Não sou nada para si?
Antes de todos renunciarem-me,
Foste o primeiro pai.
E eu sempre tive ao teu lado
Em qualquer dificuldade,
Quando todos aqueles
que consideras amigos
desapareceram na primeira oportunidade.
Poderei deitar lágrimas todos os dias,
Terei a certeza que um dia,
Levantarei o sol para não gastar a chuva,
Guardo para lavar a cara.
Duro eu sei que é...
Fico contente com o pior
E surpreendo-me com o melhor.
Todos aqueles que querem ver
a minha derrota,
Sentam-se para assistir a minha Vitória.

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